Modelo
Vicentino do século XX
04 julho
1925
A 6 de abril 1901 em Torim-Itália,
nasce Pedro Jorge Frassat que ao longo da sua vida curta marcou os
seus companheiros quer pelos seus exemplos de caridade quer pela sua palavra de
honra, pelo seu carater de nunca dar o dito pelo dito, jovem alegre e
bem-educado onde os seus pais souberam transmitir e que ele respeita
religiosamente. Ainda muito jovem com idade 24 anos no dia 4 de julho de 1925
partiu definitivamente para o Pai. Este ano em celebração recordamos 93 anos
sobre a falecimento considerado um Modelo Vicentino.
(1) Nome familiar de ternura.
Seu pai foi diretor do jornal «Lá
Stampa» e embaixador de Roma em Berlim. E de uma mãe admirável que nele soube
incutir o culto da verdade, simpatia e virilidade apreciada por todos seus
amigos.
O que marcou pessoalmente como vicentino
foi aos 17 anos entrou para a Conferência S. Vicente de Paulo nos Padres
Jesuítas do Instituto Social e dali passou para o Círculo Universitário. Para
todos nós vicentinos, nos dá grande prazer é tomar conhecimento de algumas
partes do seu percurso desde criança até jovem que não ultrapassou duas dúzias
de anos e que para os nossos vicentinos jovens de hoje, servira de grande
exemplo de vida Cristã pela sua simplicidade, sabedoria, humildade e serviço
aos pobres, não regateava esforços. Foi um Jovem que se dedicava muitas horas à
oração do terço e vigília noturna e ao jejum. Ainda na montanha observava
escrupulosamente o jejum. Numa excursão durante a quaresma jejuou ao modo
clássico, no dia em que devia guiar uma leva de alpinistas menos
experimentados. Fizeram-lhe observar que seria melhor ter comido: com aquela
saúde, com aquele estômago…
- Mas atalhou ele ironicamente – se não
jejuam os fortes e os são, quem há-de jejuar?...
Mas depois de devidas insistência,
acabou por comer, lá seguiram.
Recuemos agora aos tempos de criança e
adolescente.
Um dia acorda estremunhado e saído
debaixo do cobertor que o cobria chega á sala onde se encontrava a sua mãe.
Esta admirado pergunta-lhe:
- Dodo, que foi? (1)
- Mamã! Jesus era órfão?
E os olhos rebentam-lhe em lágrimas
enormes. Ouvira com certeza falar de que Nosso Senhor enquanto Deus não tinha
mãe, enquanto homem não tinha pai e esta verdade do catecismo que todos nós
aprendemos sem surpresa, nele, por uma intuição infantil deveras original,
produzira este desabafo de ternura.
Admirada, comovida, a mãe teve um
repente feliz:
- Não, meu filho, Jesus não é órfão…
- Então Ele tem pai?
- Ate tem dois: um no céu, outro na
terra.
Já de rosto desanuviado, ficou num sino
e bem-disposto voltou a adormecer.
Na véspera de Natal, já com 12 anos idade,
uma tia paterna deu-lhe 50 liras, recomendando-lhe que as pusesse a render.
Chega a casa com as moedas que pesavam muito, foi ter com uma criada da casa,
mãe de família e num sorriso de ventura disse-lhe:
- Tome lá e compre alguma coisa para os
seus filhos. Era um modo original de pôr as 50 liras a render.
Foi assim que agia de igual maneira com
Frau Daniele, uma velha criada alemã, acamou. Perguntava-lhe se precisava de
alguma coisa? Ele lá dizia; deixe, eu vou buscar.
Fazia isto a uma criada de serviço idosa
e com as suas cismas, como o faria ao pai e à mãe. Uma delicadeza solicita,
pronta a dar-se e a prestar serviços – tal foi um dos carateres mais amáveis
desta criança eleita.
Estes são alguns pequenos excertos de
vida retiradas da sua biografia, autor: E. Vasconcelos-Livraria Apostólico da
Imprensa Porto.
Estamos no princípio do século XX, na
nossa era para muitos, mas para os mais novos, será pouco conhecida a sua
história embora haja referencias, breves do livre de Modelos Vicentinos.
Conta na sua biografia várias histórias
da sua passagem e convivência com os Padres Jesuítas, que marcou a sua
participação e ação de vicentino. Algumas vezes era visto de terço na mão a
rezar na igreja. Com os seus amigos nas suas incursões pelos montes nas
aventuras de alpinismo e escalada, era nesses meios da neve que meditava,
jejuava a descobrir Deus. Era um jovem franco e de palavra uma delas serviu-se
a bom uso a amizade dos seus amigos, que tantos bons exemplos de sinceridade,
honestidade firma da palavra dada e percorrendo de fugida, a sua atividade
vicentina o absorveu porque, conforme afirmava e fazia mais bem aos seus amigos
vicentinos do que aos pobres. A um tipógrafo amigo, que se lhe queixava do
desânimo de certos operários modernos, angustiados por grande miséria morais,
observava-lhe: «Olha para se curarem, seria bom que fizessem a visita aos
pobres».
Eis o texto da lápide, na Igreja da
Crocetta (paróquia de Nossa Senhora das Graças) – Turim:
VI abril MCMI – IV
julho MCMXXV
Pedro Jorge Frassati
Apóstolo da caridade,
aqui na oração e união eucarística cotidiana, conseguiu luz e força para
combater o bom combate, realizar o curso da vida e responder sereno à
inesperada chamada de Deus, como bom soldado de Cristo.
Recordação e estímulo
aos rapazes.
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