A Conferencia São Cristóvão de Mafamude da Sociedade de São Vicente de Paulo, a dia 09 de 1906 por publicação de Carta de Agregação, foi constituída como Conferência Vicentina que se dedica ajudar dos mais pobres e em situações de acompanhamento domiciliaria entre outras tarefas sócio-caritativas, na paróquia.
Este ano a 2016 vamos celebrar os 110 anos de existência com uma Celebração Eucaristia em acção de graças no dia 10 de Julho-Domingo.
Estamos a preparar um simples programa que contaremos ao vosso conhecimento.
Fiquem com um poster de anuncio.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Obras de Misericórdia
Corporais
1. Dar de comer a quem tem fome
2. Dar de beber a que tem sede
3. Vestir os nus
4. Dar pousada aos peregrinos
5. Assistir os enfermos
6. Visitar os presos
7. Enterrar os mortos
Espirituais
1. Dar bom conselho
2. Ensinar os ignorantes
3. Corrigir os que erram
4. Consolar os tristes
5. Perdoar as injúrias
6. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso
próximo
7. Rogar a Deus pelos vivos e defuntos
Vicente de Paulo, filho de Jean Depaul e Bertrande
de Morais, na lápide onde foi sepultado lê-se: “Vicente de Paulo, sacerdote,
fundador e primeiro superior-geral da congregação da Missão, morreu a 27
Setembro do ano do senhor de 1660”.
Deixou como legado na Missão de Caridade, actos de
misericórdia reflectidas na assistência aos escravos, aos sem-abrigo dando-lhes
guarida, aos famintos comida, aos nus roupa, carinho aos velhos e às crianças
bons conselhos e ensinamentos sempre nas mãos e nas suas pregações a melhor
forma de seguir os exemplos de Jesus Cristo. Deixou-nos os seus actos de
misericórdia para que mais tarde a sociedade dos vicentinos o seguir e fizessem
dos pobres, os nossos amigos e irmãos mais próximos de Deus. São Vicente como
sacerdote e no amor a Deus, deixou-nos na sua vivência em Actos de Misericórdia
junto dos pobres com uma das suas mensagens: “Convém amar os pobres com um
afecto especial, vendo neles a pessoas do próprio Cristo e dando-lhe a
importância que Ele mesmo dava”. Aos vicentinos de hoje das novas vivências na
terra que nos coloca vários desafios o mais importante é não preocuparmos muito
“como se faz mas o modo para quem nos dirigimos” Dá o teu primeiro passo e logo
virá o teu Rei mais pequeno dos mais pequeninos seguindo-te. Depressa
compreenderás que a caridade embora pese muito nos teus ombros, ficará leve
dado com o amor empregue.
Não te escondas atrás dos teus cabelos, da tua cor
de pele, do teu tamanho das tuas dificuldades na idade pois esta será suportada
pelo bem que possas fazer. Os Actos de Misericórdia são práticas fazendo; com
àquele…
Alcança o sorriso, o afecto, o Beijo de Deus como se
fosse a mãe de todas as mães.
Vicentino
sábado, 26 de dezembro de 2015
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Assembleia Celebrativa 182 Anos da SSVP em S.Cristóvão Mafamude
No Dia 25 de Outubro no Salão Paroquial de São Cristóvão de Mafamude- V.N.Gaia realizou-se, clique; Assembleia Celebrativa 182 Aniversário da S.S.V.P , da Diocese do Porto e promovida pelo Concelho Central Porto da Sociedade de São Vicente de Paulo oos 182 Anos de Fundação da sociedade que teve como iniciador, patrono da Sociedade o São Vicente de Paulo.
1833 - Fundada a 1.ª Conferência em Paris (Conferência Saint-Étiene du Mont).
1859 - Fundada em Portugal a S.S.V.P entra pelas mãos de Pe. Sena de Freitas (Pe.vicentino). Pe. Miel, conde de Aljuzur e Conde de Samodães, fundadores, fundadores da 1.ª Conferência em Lisboa (conferência S. Luis dos Franceses).
A Sociedade de São Vicente de Paulo esta hoje representada em 157 países designando-se actualmente como Confederação Internacional da Soc. São Vicente Paulo.
Na assembleia estiveram presentes aproximadamente 120 vicentinos.
1833 - Fundada a 1.ª Conferência em Paris (Conferência Saint-Étiene du Mont).
1859 - Fundada em Portugal a S.S.V.P entra pelas mãos de Pe. Sena de Freitas (Pe.vicentino). Pe. Miel, conde de Aljuzur e Conde de Samodães, fundadores, fundadores da 1.ª Conferência em Lisboa (conferência S. Luis dos Franceses).
A Sociedade de São Vicente de Paulo esta hoje representada em 157 países designando-se actualmente como Confederação Internacional da Soc. São Vicente Paulo.
Na assembleia estiveram presentes aproximadamente 120 vicentinos.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Modelo Família Vicentina - Sena de Freitas
(1840 - 1913)
Sena de Freitas, de nome completo, José Joaquim Sena de Freitas, nasceu em Vila Franca do Campo, Ponta Delgado, na Ilha de S. Miguel, no dia 21 de Julho de 1840. Era filho do historiador Bernardino José de Sena de Freitas e da, Casa da Congregação da Missão, Maria josé de Brito Mascarenhas que faleceu cedo, deixando José Joaquim com três anos apenas sem os cuidados e aconchegos maternos, o que terá influenciado o pequeno Sena de Freitas no seu temperamento que se tornou inquieto, ansioso, rebelde até.
Mas logo de pequeno se revelou, já na escola, forte personalidade, grande inteligência e ousadia de opinião. Como também logo cedo revelou forte inclinação para a religião, tendo-se tornado, por vontade própria, Menino do Coro da Igreja local, organizando devoções na Ermida de Nossa Senhora da Vitória, tendo especial atenção satisfação em tocar o sino da Igreja.
Em Santarém fez os seus estudos secundários que veio a concluir no Seminário de Coimbra em 1858, tendo seguido para Paris, aí se instalando em São Lázaro, Casa da Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo, em cuja mística se deixou mergulhar. Aí concluiu o seu curso de Teologia, Tendo feito votos em 1862, embarcando para o brasil em 1865, onde missionou. Professor em Santa Quitéria, já em Portugal (1878), mas frequentemente doente e sem facilidade de adaptação a uma vida de comunidade, várias vezes pediu demissão de votos, embora tenha ficado sempre em óptimas relações com a Congregação cujo Provincial muito o apreciava.
Em Portugal, como professor de um pequeno Colégio na Estefânia, celebrava missa em Arroios, instalando-se sempre, nas terras por onde peregrinava, nas casas dos lazaristas.
Sena de Freitas, sempre lutador pelos seus ideais sociais e políticos, legitima como seu pai, era escritor de raça e primoroso cultor da língua.
Inúmeras foram as obras que escreveu de que citamos:
Mas logo de pequeno se revelou, já na escola, forte personalidade, grande inteligência e ousadia de opinião. Como também logo cedo revelou forte inclinação para a religião, tendo-se tornado, por vontade própria, Menino do Coro da Igreja local, organizando devoções na Ermida de Nossa Senhora da Vitória, tendo especial atenção satisfação em tocar o sino da Igreja.
Em Santarém fez os seus estudos secundários que veio a concluir no Seminário de Coimbra em 1858, tendo seguido para Paris, aí se instalando em São Lázaro, Casa da Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo, em cuja mística se deixou mergulhar. Aí concluiu o seu curso de Teologia, Tendo feito votos em 1862, embarcando para o brasil em 1865, onde missionou. Professor em Santa Quitéria, já em Portugal (1878), mas frequentemente doente e sem facilidade de adaptação a uma vida de comunidade, várias vezes pediu demissão de votos, embora tenha ficado sempre em óptimas relações com a Congregação cujo Provincial muito o apreciava.
Em Portugal, como professor de um pequeno Colégio na Estefânia, celebrava missa em Arroios, instalando-se sempre, nas terras por onde peregrinava, nas casas dos lazaristas.
Sena de Freitas, sempre lutador pelos seus ideais sociais e políticos, legitima como seu pai, era escritor de raça e primoroso cultor da língua.
Inúmeras foram as obras que escreveu de que citamos:
- O milagre e a crítica moderna.
- No presbitério e no templo - 2 volumes, em 2 edições.
- Evangelho segundo Renan.
- Tenda do Mestre Luvas (romance original).
- A carta e o homem da carta.
- O sacerdócio eterno.
- A palavra do semeador - 3 volumes.
- Conversa sobre patriotismo hodierno.
- Discursos.
- A religião em face da política.
- Orações fúnebres:
- - a José Bonifácio;
- - D. Luis I;
- - ao Conde de S. Salvador de Matosinhos;
não esquecendo a defesa que fez contra António Enes quando este atacou a Congregação da Missão.
Embora dado às letras, chegara à conclusão que a Caridade estava à frente e acima das letras em que, aliás, fulgurantemente se impunha. Por isso a sua paixão pela mítica vicentina.
Sena de Freitas não parava de viajar fosse por terra, fosse por água, desde Paris e Londres até aos sertões do Brasil, ou jornadas muitas vezes incómodas por Portugal.
Ainda em 1859, Sena de Freitas, junto do Padre Miel, trabalhou pela fundação da 1.ª Conferência de São Vicente de Paulo em Portugal - a Conferência São Luís, Rei de França, fundada em Lisboa; colaborou com o engenheiro Barros Gomes na tradução do velho Manuel da sociedade de S. Vicente Paulo. Em 1877, passado por Braga, aí fundou uma conferência (a 3.ª em Portugal). Em 1879, após uma reunião no palacete da Condessa de Azevedo, com 300 presenças, falou de tal maneira sobre a vocação e missão da S.S.V.P, que logo foi fundada no Porto a Conferência da Imaculada Conceição, em Santo Ildefonso, a 4ª Conferência em Portugal.
Em Guimarães, foi violentamente atacado por gente de feição maçónica, porque efectuara uma sessão no palacete do Conde de Vila Pouca e não na Igreja. Retorquiu que faria a reunião em qualquer espaço, ainda que um barracão, se tivesse iguais dimensões.
Em 1880, passando por Penafiel, aí fundou a Conferência de Nossa Senhora do rosário e, seguindo até Coimbra, nesse mesmo ano, iria fazer nascer aí 1.ª Conferência Académica.
Aí começou por procurar D. Manuel Correia de Bastos Pina, o Arcebispo-Conde, que se entusiasmou com a fundação de uma conferência vicentina para a qual se propôs como Presidente.
Sena de Freitas compreendeu que o bondoso prelado desconhecia o carácter leigo da sociedade.
Abordou então o Catedrático Dr. Lino, seu amigo e falou ainda com o seu velho amigo Almeida Silvano, futuro professor de Seminário de Lamego.
É numa sala do palácio dos Coutinhos falou aos estudantes. Assim fundou a 1.ª Conferência Académica.
Ainda em 1884, contribuiu para a instituição em Lisboa do primeiro Conselho Particular da sociedade em Portugal.
Modelo vicentino, sem dúvida, porque o seu espírito vicentino motivou inúmeras vocações e adesões à sociedade de São Vicente de Paulo.
Mas doente, perseguido pelas suas ideias, muito sofreu no Brasil, onde morreu em 1913.
Sofreu muito, lutou muito. Escreveu e trabalhou muito. Serviu muito. Amou muito.
Quando morreu tinha acabado de escrever as palavras - "Jesus Cristo", esse Jesus simples, sem coroa, apenas servidor e amante dos pobres, como o de São Vicente de Paulo...
Ainda em 1884, contribuiu para a instituição em Lisboa do primeiro Conselho Particular da sociedade em Portugal.
Modelo vicentino, sem dúvida, porque o seu espírito vicentino motivou inúmeras vocações e adesões à sociedade de São Vicente de Paulo.
Mas doente, perseguido pelas suas ideias, muito sofreu no Brasil, onde morreu em 1913.
Sofreu muito, lutou muito. Escreveu e trabalhou muito. Serviu muito. Amou muito.
Quando morreu tinha acabado de escrever as palavras - "Jesus Cristo", esse Jesus simples, sem coroa, apenas servidor e amante dos pobres, como o de São Vicente de Paulo...
Sena de Freitas foi, mais tarde, justamente e publicamente apreciado. Não só na congregação dos Provinciais pelos Superiores, pela própria Igreja em que chegou a ser Cónego da Sé Patriarcal de Lisboa, como várias cartas e artigos a ele se referiram elogiosamente, tendo, em 19 de Dezembro de 1921, sido promovido pela Juventude Católica uma homenagem à memória do padre Sena de Freitas, homenagem presidida pelo Padre Anaquim, tendo discursado o Conselheiro Fernando de Sousa, o aluno da Faculdade de Direito, Francisco Manuel dos Reis e o publicista Zuzarte de Mendonça.
Finalmente em 26 de Julho de 1968, foi elevada, em Ponta Delgada, no jardim com o seu nome, uma estátua a este polígrafo açoriano, estátua da autoria do escultor Numídeco Bessone, também açoriano.
José Joaquim Sena de Freitas, sem dúvida modelo vicentino, imitado e seguido por tantos, sobretudo pelos que vieram a formar as Conferências de São Vicente de Paulo, que fundou e fez fundar, de cujo espírito vicentino foi o grande propagador em Portugal, espírito até então desconhecido.
Finalmente em 26 de Julho de 1968, foi elevada, em Ponta Delgada, no jardim com o seu nome, uma estátua a este polígrafo açoriano, estátua da autoria do escultor Numídeco Bessone, também açoriano.
José Joaquim Sena de Freitas, sem dúvida modelo vicentino, imitado e seguido por tantos, sobretudo pelos que vieram a formar as Conferências de São Vicente de Paulo, que fundou e fez fundar, de cujo espírito vicentino foi o grande propagador em Portugal, espírito até então desconhecido.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Modelo Família Vicentina - Jean-Léon Le Prévost
Jean - Léon Le Prévost
(1803
- 1874)
UM
HOMEM TODO CARIDADE
Le Prévost foi
vicentino muito actuante em sua época. Foi por sua sugestão que as Conferências
de Caridade passaram a chamar-se Sociedade de São Vicente de Paulo. Anos
depois, ele funda uma congregação de padres e irmãos intitulada Religiosos de
São Vicente de Paulo. Nos tópicos abaixo temos um resumo da sua vida.
Infância e juventude
Os Le
Prévost constituíam uma das mais antigas famílias da cidadezinha de Caudebac -
en - Cax., na Normandia (França), situada nas margens do rio Sena. Seu pai,
Jean Louis Claude Le Prévost, exercia a profissão de tintureiro e branqueador de
algodão. Casou-se no dia 9 de Maio de 1802 com Françoise Pitel. Deste casamento
nasceram dois filhos. Um ano depois do nascimento de Maria, a irmã mais velha,
nascia Jean-Léon, em 10 de Agosto de 1803.
Jean-Léon não tinha ainda um ano no
momento da morte de sua mãe. Em 1805, seu pai casa-se, em segundas núpcias, com
Marie Françoise Rosalie Duchatard. Esta mulher ocupa um lugar importante na
vida e na educação de Le Prévost. Ela foi uma «verdadeira mãe» para ele. É o
testemunho que Prévost dará desta mulher que ele cercará com o seu afecto até à
sua morte, ocorrida em 1845. Ela estava com 42 anos à época do casamento. O
casal não teve filhos. Na idade dos três anos, Le Prévost sofreu uma queda que lhe
causou uma enfermidade na perna direita. O mal exteriormente é pouco sensível,
mas a extrema fraqueza da perna obriga-o a parar frequentemente. Ele recorrerá
ao uso da bengala para fazer as suas «corridas de caridade» nas ruas de paris
ou na periferia. Sua mãe, muito piedosa, lava-o aos santuários da região, na
esperança de obter da Virgem uma possivel cura. Retirado em Chavile, Le
Prévost, nos seus últimos anos, lembrava com emoção as longas caminhadas de
oração e fé de sua infância: «permaneci coxo, mas, sem duvida, é a todas as
preces de minha mãe que devo o pouco amor a Deus que está no meu coração».
A infância de Le Prévost passa-se
sob o Império de Napoleão I. Na época, o ensino deixava muito a desejar. Le
Prévost recebe as primeiras lições junto de um padre laicizado e algumas
senhoras, primas de sua mãe. Le Prévost deixa, aos 16 anos, os seus estudos,
pois precisava de trabalhar. Encontra um emprego de copista. Um gesto dá
testemunho de seu amadurecimento - renuncia à sua parte de herança em favor da
sua irmã: «Que a minha parte seja junta à de minha irmã, para lhe constituir um
dote; para mim a minha educação me basta». O sofrimento de seu pai não terá
sido inútil pois te-lhe-á possibilitado o saber colocar-se no lugar do pobre,
do humilde, do rejeitado.
Le Prévost e a SSVP
Em 1831 desembarca em Paris o jovem
António Frederico Ozanam, filho de um médico de Lyon. Este brilhante aluno
deseja preparar o seu mestrado em Direito. As suas convicções religiosas, e a
sua grande inteligência e a sua autoridade pessoal fazem dele o lider dos
jovens estudantes católicos. Ele faz amizade com Lacordaire e escreve no
jornal de Bailly, como Jean-Léon Le Prévost. os dois homens encontram-se no
jornal «La Tribune Catholique» na casa de Emmanue Bailly seu proprietário e
redactor-chefe.
Ao completar 20 anos, em 23 de
abril de 1833, Ozanam reúne, com Bailly, muitos outros companheiros: Lamanche,
Le Taillandier, Devaux e Lallier. Encorajados pela Irmã Rosalie, estes jovens
estudantes desejam manifestar a sua fé através de uma reunião literária,
dirigida por Bailly, numa associação devotadamente aos pobres. Ela destinava-se
a «demonstrar aos deístas, aos cépticos e aos filósofos a vitalidade da fé».
Le Prévost encontra Ozanam e os
seus companheiros, não somente no escritório de Bailly, mas também num pequeno
restaurante: «Eles comiam comigo. eles eram animados e um pouco barulhentos.
Amante do silêncio eu temia-os um pouco». Um dia um deles dirige-se a Jean-Léon
e, após um maior conhecimento mútuo, é-lhe proposto juntar-se ao pequeno grupo
recém-constituído sob o nome de «Conferências da Caridade».
Estamos mo mês de Agosto no momento
de separação para férias. Em outubro seguinte, Le Prévost é atingido pela
cólera e a sua convalescença prolonga-se por todo o mês de Novembro. Só estaria
presente na Conferência da Caridade no dia 17 de Dezembro de 1833, como
testemunharam as actas do Secretário-Geral Chaurand. Naquela época os
vicentinos já eram 15. Dois meses mais tarde, em 4 de Fevereiro de 1834, Le
Prévost pede «que a Sociedade se coloque sob a protecção de São Vicente de
Paulo e celebre a sua festa, além de uma oração feita no início e no fim de
cada reunião».Esta proposta correspondia aos desejos do conjunto dos vicentinos
e, em particular, de Bailly, cuja família venerava «Monsieur Vicent» É na
assembleia de 8 de Dezembro de 1834 que o nome «Sociedade São Vicente de Paulo»
é escrito pela primeira vez.
A visita aos pobres, aos jovens
presos, a responsabilidade assumida para com um grupo de órfãos, são outras
tantas actividades em que encontramos o vicentino Le Prévost, que não esconde o
seu entusiasmo, que se reflecte nas cartas da época «Não saber a quem recorrer,
com quem se entender, a fadiga, a vertigem e, depois, quando se deixa tudo, por
esgotamento, ver tudo, à mercê do bom Deus, correr melhor e, chegar sem a
gente, ao objectivo...».
Vivendo geralmente longe de Paris,
António Frederico Ozanam recusou o cargo de Vice-Presidente em 1835 - também em
1840 - e é Le Prévost que ocupa este a partir de 8 de Dezembro de 1835 até
1839. No ano de 1835, o conselho Directivo desdobra-se em dois : Conselho geral
e Conselho de Paris.
Le Prévost, membro do Conselho
Geral, dele participará até Outubro de 1835. Como Presidente da Conferência
Sant-Suplice, é membro de direito de conselho de Paris. Durante mais de uma
dezena de anos, nele desenvolverá todos os seus talentos de animador e
organizador.
Leigos trabalhando
Nascido desta «querida Sociedade de
São Vicente de Paulo», o Instituto de Jean-Léon Le Prévost tinha aprendido o
que era apostolado leigo. Os primeiros membros desta família religiosa tinham
iniciado a caridade nas obras da Sociedade de São Vicente de Paulo. Esta
experiência tornava-se o ponto de partida de uma acção missionária
rejuvenescedora e o início de uma tomada de consciência dos problemas socais da
época.
Em 1874, o Instituto contava com 64
religiosos empenhados no trabalho apostólico em 11 comunidades. Eis o segredo
deste sucesso: «Os esforços deste pequeno número de homens são multiplicados na
prática das obras por um processo que caracteriza o espírito do Instituto e,
que consiste em fazer agir em toda a parte, ao redor de nós, um certo número de
homens de classe dirigentes que se instruem e se santificam, colaborando com os
religiosos. Pode avaliar-se em 300, mais ou menos, o número destes auxiliares».
Ozanam tinha razão de querer
preservar as Conferências do controlo clerical e conservar-lhe o seu carácter
leigo. O vicentino Le Prévost e o seu Instituto reconheciam a autonomia das associações
leigas, colocando-as no conjunto da vida eclesial.
Le Prévost descobriu muito cedo e
em grande parte graças à Sociedade São Vicente de Paulo, que os leigos são
membros por inteiro desta grande família eclesial, que são uma vanguarda
missionária e chamados à perfeição evangélica.
Caridade é doação, entrega,
despojamento. Para atingirmos a santificação devemos vivê-la. Assim Le Prévost
definiu caridade:«Caridade: que palavra e que coisa sublime!... Como o bom
Mestre fez um lindo presente ao mundo quando veio trazer este fogo divino!
Possamos, segundo seus desígnios, acendê-lo em seu nome ao redor de nós».
Resumo da vida de Le Prévost
1803 - Nascimento (10 de Agosto -
Normandia).
1803 - Baptismo (7 de setembro).
1825 - Conhece Victor Hugo, Lacordaire e
Montalembert.
1833 - Ingressa na SSVP.
1836 - Primeiro presidente da Conferência
de Sant-Sulpice.
1840 - Membro do Conselho Geral da SSVP.
1844 - Fundador da «Obra da Sagrada
Família».
1845 - Fundador dos «Religiosos de São
Vicente de Paulo».
1860 - É ordenado sacerdote (22 de
Dezembro).
1874 - Falecimento (30 de Outubro em
Chavile).
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ano de Misericórdia 2015/2016
Em dezembro vai começar o Ano de Misericórdia a dia 8 e a Diocese do Porto lança o Plano Pastoral 2015 / 2020 que procura dar rosto à «Alegria do Evangelho» de que fazemos a nossa missão.
Em "jeito de preparação para os crentes na nossa paroquia" temos matéria suficiente de trabalho para os grupos ao conselho pastoral da paróquia e que cada grupo na comunidade, seguindo os seus caminhos próprios, prossiga na missão, anunciar o Evangelho de Jesus Cristo.
Podem entretanto ler um pouco mais aqui; Plano Diocesano de Pastoral
Boas férias.
Paz e bem
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