Décimo Terceiro Domingo do Tempo Comum
Leituras:
Rom 6,3-4-8-11; Mt 10,37-42
“Quem
procura conservar a sua vida vai perdê-la”
Domingo dia
28-06-2020
Leitura da Carta de São Paulo aos
Romanos
Irmãos: Será que ignorais que todos nós, baptizados em Jesus Cristo, é
na sua morte que fomos baptizados? Pelo baptismo na sua morte, fomos sepultados
com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim
também nos levamos uma vida nova. Se, pois, morremos com Cristo, cremos que
também vivemos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre
mais; a morte já não tem poder sobre ele. Pois aquele que morreu para o pecado
uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. Assim, vós também
considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: “Quem ama seu pai e ama
sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha
mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue,
não é digno de mim. Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem
perde a sua vida por causa de mim, vai encontra-la. Quem vos recebe, a mim
recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta,
por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por
ser justo, receberá a recompensa de justo. Quem der, ainda que seja apenas um
copo de água fresca, a desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos
digo: não perderá a sua recompensa”.
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Reflexão
vicentina ____________________________
As
leituras desta semana parecem muito complexas e exigentes.
Jesus
nos diz que “Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la”. E vai ainda um pouco
mais longe: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim.
Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não
toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.
Será
que Jesus está querendo dizer que devemos abandonar nossos pais ou nossos
filhos para viver somente na Igreja? Não! Jesus não seria tão egoísta, porque
nossa família é um presente que Ele mesmo nos seu: é o maior dom que temos na
vida!
O
que Jesus nos diz é muito mais belo. Ele quer que amemos sim, nossa família,
mas a amemos em nome Dele. E amar em nome Dele significa amar com toda a força sem
egoísmo, sem interesses, mas com a vontade de “perder a sua vida” pelos que ele
nos coloca no caminho.
Na
sua carta aos romanos, São Paulo vai na mesma direção: “pelo batismo na sua
morte (de Cristo), fomos sepultados com Ele, para que, como Cristo ressuscitou
dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. Se, pois,
morremos com Cristo, cremos que também vivemos com Ele” Paulo nos faz
participantes da morte e da ressurreição de Cristo. Se O amarmos sobre todas as
outras pessoas, ou mesmo, se amarmos as outras pessoas em Seu nome, estaremos
tendo uma vida nova, uma vida em Cristo.
Esta
mística se aplica muito a nós vicentinos. Jesus não diz que devemos amar a ele
mais que amamos os Pobres. Não, de maneira nenhuma! Pelo contrário, Jesus quer
que amemos os Pobres em nome Dele, sem egoísmos, sem interesses, mas com
vontade de “perder a vida” por eles. Perder a vida pelos Pobres, por amor a
Deus, significa morrer para nós mesmos (participar da morte de Cristo) e ganhar
uma nova vida (participar da ressurreição de Cristo). Parece inacreditável, mas
é evangélico, é verdadeiro.
As
leituras de hoje dão o significado exacto do que Ozanam queria realizar junto com
os seus amigos e que nos deixou como herança: a SSVP é a nossa forma de santificação.
Não pode existir maior santificação que participar de forma completa da morte e
da ressurreição de Cristo. E isto buscamos pelo serviço aos Pobres. A final
como disse São Vicente, Ele são “nossos mestres e senhores”
Digo:
para todos nós, Cristo tem um pensamento algo difícil, mas, toda a leitura dá-nos
uma pista concreta: se todos vivermos segundo a sua vontade, ou seja, vivermos
ao lado dele durante a vida que Deus nos dá teremos uma vida eterna e Deus nos
aceitará de braços abertos. Não queiramos viver a nossa vida só para nós, à
nossa maneira, Ao nosso gosto, mas, participar dela olhando sempre para Cristo
seguindo o seu exemplo e sua vontade, sem olhar sempre para os nossos botões. A
final Ele foi escolhido pelo Pai para que tenhamos vida na terra e depois no
encontro no Céu.
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