sábado, 23 de julho de 2016

Virtudes da Espiritualidade Vicentina

Simplicidade

A virtude da Simplicidade educa-nos na capacidade de desenvolver os valores da verdade, da sinceridade, da transparência. Viver plenamente a simplicidade nos ajudará a evitar ser falsos uns com os outros e muito menos com o povo; por esta virtude somos chamados a ser simples, a dizer as coisas como são, sempre com sinceridade em relação à outra pessoa.

Diante dos desafios que o pluralismo de ideias e de valores e contra-valores que a sociedade capitalista nos impõe, precisamos de estar mais atentos em relação à nossa postura junto ao povo e o cultivo de valores que não são transitórios, mas base para a vida com dignidade. O povo ao qual procuramos evangelizar se aproximará de nós mediante nossa postura diante dele. A simplicidade impregnada em nossos actos possibilitará essa pedagógica aproximação do povo mais simples a nós e vice-versa.

O próprio São Vicente definiu na sua vivência a importância desta virtude na vida de um Vicentino:"A simplicidade é a virtude que mais amo, eu a chamo de meu evangelho" (svI,284).

Humildade

São Vicente de Paulo define a Humildade como a virtude que dá a característica essencial à missão na Pequena Companhia. A humildade é a virtude que nos toma capazes de reconhecer e admitir nossas fraquezas e limitações, criando assim a possibilidade de confiar mais em Deus e menos em nós mesmos.

A humildade ajude-nos a nos livrar-nos da nossa autossuficiência, a reconhecermos nossa dependência do amor do Criador e nossa interdependência comunitária. Ao mesmo tempo, a humildade nos capacita para reconhecer nossos talentos, talentos que devem ser postos a serviço das outras pessoas.

É a virtude que permite aos pobres aproximar-se de nós. É a virtude que nos ajuda a ver que nos ajuda a ver que todos somos iguais aos olhos de Deus. A viência desta virtude educa-nos e capacita-nos, em contrapartida, para aproximar-se progressivamente dos Pobres. Esta virtude nos impulsiona a um processo contínuo de inculturação no mundo dos pobres, encorajando-nos a um esforço de identificação com os mesmos.

Mansidão

Etimologicamente, mansidão vem de “mansuetude” e manso de “mansus”, forma do latim vulgar de “mansuetus”. Tem um significado de comportamento aconchegante, familiar, doméstico. Conceptualmente, a mansidão se entende como a força, a virtude, que permite a pessoa moderar rapidamente a sua ira e indignação. A razoável indignação pode ser com frequência sã e saudável, transposição licita da sobrecarga psicológica a um ato de zelo pela glória de Deus, pela justiça ou pelo bem do próximo.

A mansidão não é agressiva, raivosa, barulhenta. Certamente é uma virtude chave na comunidade. É a virtude que ajuda a construir a confiança de uns nos outros, porque, quando somos amáveis, os que são tímidos se abrirão em relação a nós. Por estas razões podemos dizer que a mansidão é a virtude por demais vocacional, como constatou o próprio São Vicente: “Se não se pode ganhar uma pessoa pela amabilidade e pela paciência, será difícil consegui-lo de outra maneira” (SV VII,226).

A mansidão inspira um trato suave, agradável, educado e fundamenta a tolerância, valor este muito importante para a convivência em uma sociedade plural em que o respeito à pessoa e à sua liberdade deve ser uma lei indiscutível.

 Mortificação

Por esta virtude somos interpelados a morrer para nós mesmos. É a virtude que pede que nos entreguemos totalmente, pensemos primeiro nos outros, pensemos especialmente nos Pobres antes de pensar em nós mesmos. Esta virtude educa-nos para o altruísmo em detrimento do nosso egocentrismo.

Assim nos diz São Vicente: “Os santos são santos porque seguem as pegadas de Jesus Cristo, renunciam a si mesmos e se mortificam em todas as coisas” (SV XII,227).


Zelo Apostólico

Podemos identificar o zelo apostólico com paixão pela humanidade. O zelo é a consequência de um coração verdadeiramente compassivo. Trata-se da paixão por Cristo, paixão pela humanidade e paixão especialmente pelo Pobre. O zelo é uma virtude verdadeiramente missionária. Expressa-se em forma de disponibilidade, de disposição para o serviço e a evangelização, mesmo quando as forças físicas já estão decadentes.

Assim sendo relacionado com o zelo está o entusiasmo, que leva à acção. Podemos entender o zelo como uma expressão concreta do amor efectivo, que é motivado pela compaixão, ou amor afectivo. O amor é inventivo ao infinito. (SVP)




domingo, 10 de julho de 2016

110 Anos Conferência São Cristóvão Mafamude

A Conferência vicentina de São Cristóvão de Mafamude, no dia nove de Julho de 1906, sendo agregada pelo Conselho Geral Internacional sediada em Paris França, entra ao serviço dos mais Pobres da Sociedade São Vicente de Paulo.

A nossa Conferência dá inicio na pastoral da caridade passados 73 anos da 1.ª fundação da Conferência Vicentina São Luís, Rei de França, em Lisboa e 183 anos da fundação da Sociedade São Vicente de Paulo pelas mão do Beato Frederico Ozanam. 

Hoje a 9 de Julho 2016 lembrando o aniversário da conferência, realizou-se uma Celebração Eucaristia em Acção de Graças agradecendo a Deus por todos os vicentinos, colaboradores e subscritores que nela tem ajudado a conferência no serviço da caridade nos pobres, vendo neles a pessoa Jesus Cristo.

Se seguida em conjunto com a Conferência de São Gonçalo na mesma paróquia, deslocaram a um restaurante para franca confraternização.

A Espiritualidade Vicentina passa por subir diversas montanhas da vida de um vicentino e sempre com uma atitude!