sexta-feira, 7 de março de 2014

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quarta-feira, 5 de março de 2014

AS PESSOAS IDOSAS NA COMUNIDADE

EDITORIAL - Por Fernando Reis

O Papa Francisco apelou, num domingo, no Vaticano, ao respeito pelos idosos.
Na oração do Angelus da festa litúrgica da Sagrada Família, o Papa os mais velhos que nem sempre são bem tratados dentro das próprias famílias.
"Pensemos noutros exilados. Chamá-los-ia 'exilados escondidos'. Aqueles exilados que podem existir dentro da própria família. Os idoso, por exemplo que, por vezes, são tratados como presenças que estorvam. Muitos deles, penso, que um sinal para saber como vai uma família é saber nela são tratadas as crianças e os idosos".
Pegando nas palavras do Papa Francisco, os idosos devem ser considerados como sujeitos activos na comunidade de que fazem parte integrante.
O envelhecimento não é tanto uma questão de idade, mas sim um estado de espírito que se situa nos vários estádios da vida.
Muito são idosos que, em avançada idade, conservam vigor para pensar e agir.
Naturalmente, diferem dos fisicamente jovens, mas não são intelectualmente diminuídos. 
Hoje é maior a longevidade, a população idosa (principalmente a feminina), sobretudo nas últimas décadas.
Esta realidade deve ser estudada e compreendida, se quisermos construir e garantir um envelhecimento melhor e mais saudável.
Nestes últimos decénios assistiu-se a um aumento notável da quota da população idosa que "vive" uma maior liberdade e uma contínua mudança cultural que alterou modelos de comportamento e estilos de vida, que oferecem maior escolaridade e mais possibilidade de exprimir os seus direitos. 
O idoso deve ser ajudado, sobretudo, na total aceitação de si próprio, do seu envelhecimento, sem viver diminuições 
contínuas, para que possa ficar satisfeito com o que a vida ainda lhe pode oferecer.
Estudos feitos demonstram, que há trabalhos cujo rendimento não se altera com a idade; alguns há em que diminui mas outros em que aumenta. Envelhecer não é ficar doente (há uma maioria que goza de saúde estável), é sim uma fase de existência.
A opinião generalizada de que os idosos não servem para o trabalho originou, em muitos casos, as pré-reformas e reformas a partir dos cinquenta anos de idade.